quinta-feira, 31 de março de 2011

Lenda da Moura Oureana

Há muito, muito tempo, um grupo de cavaleiros Templários decidiu conquistar a cidade de Alcácer do Sal aos Mouros. Entre eles existia o valente e corajoso Traga Mouros.
Durante a conquista, o Traga Mouros avistou uma bela donzela, moura, chamada Fátima e ficou maravilhado. Gonçalo Hermingues, Traga-Mouros, excelente trovador, logo ali improvisa uma trova que dedica à moura, conquistando-lhe o coração:

Oureana! Oureana! Oh! Tem por certo
Que esta vida, de viver,
Toda a vida se olvidou naquele aperto.
E o que em troco eu vim a haver
Não há mais para se ver.

Ora vos tenho, ora não
E um a um eles que chegarão
Já me apanhaste e já não...
D'aqui largam e d'ali pegam,
que anda tudo ao repelão

Por mil golvos retoiçando
Ai, ai, que vos avistei!...
Já sei por que ando lidando,
Que em tais terras bem pensei
Melhor fruto não verei.

Quando a luta terminou, os Mouros vencidos, levaram consigo Fátima. Mas o Traga Mouros não ficou quieto, perseguiu-os e raptou a linda Moura, que era filha do alcaide da cidade.
Quando chegaram a Santarém, o valente Traga Mouros foi pedir como recompensa ao rei D. Afonso Henriques, para casar com a bela donzela. Este concordou.
O Traga Mouros com medo da reacção do povo, fugiu com ela para uma terra isolada a poucos quilómetros de Ourém.
Fátima converteu-se ao Cristianismo e foi baptizada com o nome de Oureana.
Pouco tempo depois a Moura Oureana faleceu e o Traga Mouros ficou tão desgostoso que foi para o convento de Alcobaça onde também morreu.
Esta lenda deu origem a duas localidades: Fátima e Ourém onde a Moura Oureana viveu e morreu. 

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